sábado, 21 de maio de 2011

Adolescentes - Entender a cabeça dessa turma é a chave para obter um bom aprendizado

Uns parecem estar no mundo da lua. Outros, num ringue de boxe. Para driblar essas atitudes que prejudicam suas aulas, é preciso conhecer e respeitar as mudanças que ocorrem na adolescência, ganhar a confiança da turma e aproximar o conteúdo escolar do cotidiano da garotada
"A culpa é dos hormônios." Até há bem pouco tempo, a indisciplina e o comportamento emocionalmente instável dos adolescentes eram atribuídos à explosão hormonal típica da idade. Pesquisas recentes mostram, no entanto, que essa não é a única explicação para a agressividade, a rebeldia e a falta de interesse pelas aulas, que tanto preocupam pais e professores. Nessa fase, o cérebro também passa por um processo delicado, antes desconhecido: as conexões entre os neurônios se desfazem para que surjam novas. Simplificando: o cérebro se "desmonta", reorganiza as partes e em seguida se "monta" novamente, de forma definitiva para a vida adulta.
Entre 13 e 19 anos, é comum os jovens apresentarem reações e comportamentos que independem da vontade deles. Portanto, nem sempre palavras ditas de maneira agressiva ou arrogante são fruto da falta de educação. Para quem convive diariamente com turmas dessa faixa etária - que ora parecem estar no mundo da lua, ora com pane no sistema - e quer conquistá-las, a saída é agir de forma firme, mas respeitosa.
A primeira "lição" para quem trabalha com adolescentes é não tomar para o lado pessoal qualquer tipo de afronta vinda de um aluno. Responder a uma provocação no mesmo tom só faz você perder o respeito e a admiração do grupo — o que dificulta o trabalho em classe. Além disso, ao perceber que tirou o professor do sério, o jovem se sente vitorioso e estimulado a repetir a dose. "Educar não é um jogo em que se determina quem vence ou perde", afirma a psicopedagoga Maria Helena Barthollo, do Centro de Estudos da Família, Adolescência e Infância, no Rio de Janeiro. Ela sugere que a luta com a garotada dê lugar a parcerias. Os acordos incluem regras, direitos e limites que valem para todos, inclusive você.

Este texto professores, tem tudo a ver com nosso cotidiano em sala de aula, pois, retrata o que teriamos de fazer e como agir com nossos alunos para uma boa convivência e êxito de nossas aulas, mas por uma razão ou outra algumas vezes não conseguimos.

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